sexta-feira, 23 de outubro de 2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Exhibition in Toronto: Zora Anaya & Simona Accattatis : The End of Books


Zora Anaya & Simona Accattatis
The End of Books
Cell Gallery
June 10th-21st 2015
Opening Reception June 11th 7pm
Gallery 1313
1313 Queen St. West
Wed-Sun 1-6pm
HAVE A LOOK HERE:

quarta-feira, 8 de abril de 2015

My dear friends , two of my works have been selected for the XVIII Bienal de Cerveira.
Opens July 18 to 19 September 2015.
I am so happy and I hope to see you there.
Hugs and kisses.
... Altro...

segunda-feira, 2 de março de 2015

Bianca


Colalge, pencil
10x8

Teresa


Colage, pencil
10x15

Gatti celebri



Colage, pencil
10x8

Costantino


Colage, pen and pencil
10x8

Dinosauri


Colage, pensil
10x15

Orly


Colage, Pencil
10x8

sábado, 14 de fevereiro de 2015


Lorenzo, 2015
Mixed Media
21X30

A Geografia do Caos.

Ecoline e inchiostro di china, Matita, Penna rossa e blu, Penna rossa e nera, inchiostro di china e matite, Matite colorate, Acquarelli, tela e pennarello, Carboncino e... e traduzindo para português, é a grande salganhada. Ou la grande abbuffata, a grande farra, já que estamos com uma italiana. Mas aqui a desordem dos elementos é simpática. O tal caos organizado que os atarefados quando produzem, deixam em cima da mesa de trabalho e que os maníacos da ordem e da disciplina teimam em alcunhar de lixo, certamente da inveja de se saberem nada saberem do auto domínio característico do produtor do caos. Da manta de retalhos que a Itália sempre foi, e nem me refiro ao universo político actual cheio de tanto vazio, mas à sua multiplicidade cultural, herança histórica, a riqueza do palato, a arte da culinária, o cinema de Rossellini a Argento, as mulheres de voluptousas formas e coriaceas de cabeça... eeeuh... scuzi, estou agora a dispersar-me. Voltando à manta de retalhos, à qual acrescento o fenómeno do profundo orgulho regionalista provocado talvez por ódios do passado a desculpa dos acidentes geográficos, vem-me à ideia Andrea Pazienza, um genial desenhador que viveu, equilibrou-se e se desequilibrou entre duas cidades - Montepulciano e Bolonha. Simona Accattatis, com o seu caos organizado fez-me recordar Pazienza que, sempre que realizava de banda desenhada era como que um one-man-band, um polvo cujos vários tentáculos recriavam um estilo diferente, quase opostos, a habitarem lado a lado. Pazienza gerava-me imensa confusão, quando o descobri na revista paulista Animal, um traço que parecia vindo da escola underground americana, mais um outro que mais se assemelhava ao redondinho juvenil franco-belga, a par de outro que lembrava moebius... e tudo sobre um cenário nocturno mascarado de cores psicadélicas. Demorou-me, mas hoje reconheço nesta manta de retalhos um exercício não de recuperação ou homenagem ao outro, mas uma entrega aos sentidos - que, como na vida, são gerados por experimentações, viagens, entregas. Mesmo que isso muito incomode aos arautos da ordem e disciplina. Paciência...

Nuno Saraiva Lisboa, 3 de Fevereiro de 2010