domingo, 30 de dezembro de 2012

Os meus desenhos no SOU (Lisboa), grande festa que foi!


A decorrer, até 09 de Fevereiro 2013,
no espaço SOU, Rua Maria 73 (Anjos) - Lisboa



Disegno grande nel mezzo, a carbone:
venduto :)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Partecipo all'esposizione collettiva che inaugura 29 di Dicembre 2012 nello spazio SOU (Lisbona).
Si comincia alle 18h.



COLECTIVO JAIME AUGUSTO apresenta
'Sycadelic What The: Fuck
espaço SOU – Movimento e Arte
-- EXPOSIÇÃO & FESTA DE INAUGURAÇÃO --

Programação - Dia 29Dezembro:
( Entrada: €3 )
18:00 Abertura das Portas - Aberta a Exposição
19:00 Pandora's Records presents Breaking The Box (concerto)
19:30 Gil Delindro (performance)
20:00 Jantar ( €3 entrada + €3 Jantar )
21:00 Pás de Problème (concerto)
22:30 Jaime Augusto Soundsystem
23:00 Matilda Carlota ( performance de Jonas Lopes )
A partir das 23:30 - Soundsystems com diferentes djs e aficionados da sonoridade dançável. 

Festa de inauguração: 29 de Dezembro
Encerramento: 09 de Fevereiro
Exposição: de 29 de Dezembro a 09 de Fevereiro

SOU - Movimento e Arte
Rua Maria 73
1170-210 Lisboa, Portugal - tel 211 547 790

domingo, 2 de dezembro de 2012

TOMADAS E FUNDIDAS

Tomadas e fundidas, canetas preta e velrmelha (Bic), sobre papel, 33x48


LA RANA

La Rana, lapis sobre papel, 33x48


A Geografia do Caos.

Ecoline e inchiostro di china, Matita, Penna rossa e blu, Penna rossa e nera, inchiostro di china e matite, Matite colorate, Acquarelli, tela e pennarello, Carboncino e... e traduzindo para português, é a grande salganhada. Ou la grande abbuffata, a grande farra, já que estamos com uma italiana. Mas aqui a desordem dos elementos é simpática. O tal caos organizado que os atarefados quando produzem, deixam em cima da mesa de trabalho e que os maníacos da ordem e da disciplina teimam em alcunhar de lixo, certamente da inveja de se saberem nada saberem do auto domínio característico do produtor do caos. Da manta de retalhos que a Itália sempre foi, e nem me refiro ao universo político actual cheio de tanto vazio, mas à sua multiplicidade cultural, herança histórica, a riqueza do palato, a arte da culinária, o cinema de Rossellini a Argento, as mulheres de voluptousas formas e coriaceas de cabeça... eeeuh... scuzi, estou agora a dispersar-me. Voltando à manta de retalhos, à qual acrescento o fenómeno do profundo orgulho regionalista provocado talvez por ódios do passado a desculpa dos acidentes geográficos, vem-me à ideia Andrea Pazienza, um genial desenhador que viveu, equilibrou-se e se desequilibrou entre duas cidades - Montepulciano e Bolonha. Simona Accattatis, com o seu caos organizado fez-me recordar Pazienza que, sempre que realizava de banda desenhada era como que um one-man-band, um polvo cujos vários tentáculos recriavam um estilo diferente, quase opostos, a habitarem lado a lado. Pazienza gerava-me imensa confusão, quando o descobri na revista paulista Animal, um traço que parecia vindo da escola underground americana, mais um outro que mais se assemelhava ao redondinho juvenil franco-belga, a par de outro que lembrava moebius... e tudo sobre um cenário nocturno mascarado de cores psicadélicas. Demorou-me, mas hoje reconheço nesta manta de retalhos um exercício não de recuperação ou homenagem ao outro, mas uma entrega aos sentidos - que, como na vida, são gerados por experimentações, viagens, entregas. Mesmo que isso muito incomode aos arautos da ordem e disciplina. Paciência...

Nuno Saraiva Lisboa, 3 de Fevereiro de 2010